quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Teste de Tolerância à Glicose e Doses de Corticoide durante a gravidez.


Este teste é feito entre 24 e 28 semanas, normalmente, e serve para avaliar a chance de a gestante desenvolver diabete gestacional. No meu caso, ele foi realizado com 28 semanas e acabou dando um pouco alterado e tive que começar uma dieta pobre em glicose até fazer uma nova checagem, o que pra mim não foi tão sacrificante como imaginei de primeira.

O teste se resume a uma coleta sanguínea em jejum de no mínimo 8 horas. Logo após dosada a glicose da primeira amostra, você ingere uma garrafinha de um líquido horroso e super doce com 75g de dextrol para 200ml de água. Após passadas 2 horas é dosado o nível de glicose no sangue novamente para ter finalmente o resultado final do exame.

Se o resultado der até 140mg/dl após duas horas, o teste é considerado normal. Se der entre 140 e 200mg/dl é tido como intolerância à glicose, mas não é diabete gestacional ainda. Deve-se mudar a dieta para uma de baixo teor glicêmico para controlar esta situação. E, se der acima de 200mg/dl é considerado diabete gestacional, o que requer maior atenção ainda como falei no texto sobre Diabete Gestacional da semana passada.

O meu resultado deu 174mg/dl, que significa baixa tolerância à glicose. Portanto, tive que mudar minha dieta, o que me fez muito bem, principalmente, em relação à constipação já natural no período gestacional. O único problema é que, como estou em repouso, não pude voltar a fazer exercícios, o que ajudaria a melhorar meu quadro clínico mais rapidamente. Mas, vamos vivendo um dia após o outro.

Para saber se poderei tomar as duas doses de corticoide que preciso para o amadurecimento mais rápido dos pulmões da minha filhota, precisarei fazer ainda um outro teste de tolerância à glicose. Isso porque, essas injeções dadas uma 24h depois da outra aumenta naturalmente o pico da glicose e, se a minha estiver alta depois do final do teste, pode me impedir de fazer a administração deste medicamento que pode vir a ser muito importante para a sobrevida da minha filha, caso ela não aguente esperar muito mais.

Entre os maiores problemas que os prematuros enfrentam está, normalmente, a imaturidade dos pulmões que leva à necessidade do uso de algum tipo de respiração artificial. A aplicação destas duas doses de corticoide pode melhorar bastante o tempo de UTI pós parto e até mesmo evitá-la. Mas, isso também dependerá muito da quantidade de semanas que o bebê nascer e seu peso. A partir da 34ª semana há grandes chances de voltar para casa com seu filho no colo e, se tiver tomado o corticoide, essa chance ainda é maior.

Vamos aguardar que a Ágatha espere pelo menos a chegada neste limite. Quem sabe ela não nasce até a termo, ou seja, a partir de 37 semanas. Mas, como não temos como saber, melhor prevenir e tomar todas as providências necessárias para que ela tenha uma vida melhor logo que nascer. Fiquem na torcida por mim.
Saiba mais sobre Diabetes Gestacional, clique aqui e leia a matéria do Gravidez Absoluta.

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