quinta-feira, 18 de março de 2010

Amamentação exclusiva ou uso de complemento artificial?


Desde que minha filha nasceu e foi para UTI, ela se alimentou com leite materno e leite artificial. Durante o dia oferecia o peito e depois sempre oferecia um complemento de leite artificial, pois, no caso de bebê prematuro, não podemos correr o risco do nosso filho comer menos do que o necessário. E só temos como saber isso oferecendo também um complemento e avaliando sua aceitação.

Tendo em vista essa necessidade, resolvi pesquisar mais a fundo os prós e contras dos dois tipos de alimentação mais utilizados pelas mães modernas, pois queria saber se estava fazendo algum mal para a minha filha dando a ela um suplemento artificial, já que o aleitamento materno é quase que imposto por muitos pediatras.

Alimentar um filho com o seu leite e, principalmente, através do seu seio, tem um apelo sentimental inegável que mamadeira nenhuma pode superar. É muito gostoso ver seu filho se alimentando de um leite super completo que você mesma produziu. O problema é que nem tudo é perfeito e nem todo seio parece estar preparado para essa jornada alimentar.

Além da preparação física do nosso corpo, existe a preparação psicológica que temos que ter para encarar tamanha dedicação e dependência e, que, às vezes, sua falta, pode tornar esse ato um completo sacrifício. Por isso, não cabe a ninguém julgar as mães que optam por não amamentar seus filhos ao seio.

A amamentação acima de tudo deve ser boa para mãe e filho. Não adianta nada suprir seu bebê com seus anticorpos através do aleitamento materno, se isso te causa dor e é visto como um grande sacrifício. Nesse caso, amamentar ao seio pode prejudicar a relação de vocês dois e até desencadear uma depressão pós-parto (e isso é pior que privar seu filho dos seus anticorpos: eu posso falar isso por experiência própria, pois eu vivi a depressão no pós da minha primeira gestação).

Fora os casos em que a amamentação se torna uma agressão à mãe, acredito que tentar o aleitamento materno seja de grande valor para mãe e filho, pois normalmente este ato estreita a relação dos dois, além do leite ser fonte de defesas e ser de melhor digestão para seu bebê, o que ajuda ele a evitar as prisões de ventre e, consequentemente, as dores abdominais provenientes desse problema.

Misturar os dois tipos de alimentação pode ser muito útil para mães que têm que voltar ao trabalho. Esse ato, caso necessário, também não pode ser visto como um enorme problema, pois apesar de o leite artificial não ser fonte de anticorpos, ele é rico em vitaminas e minerais, além de conter uma quantidade de calorias muito próxima do leite materno, o que fará com que seu filho também esteja muito bem alimentado.

É muito difícil para quem não consegue alimentar seu filho exclusivamente com leite materno ouvir que só o leite da mãe é que deixa o filho saudável. Além de isso ser uma grande mentira, gera uma culpa nessas mulheres que pode prejudicar ainda mais suas relações com seus filhos e com elas mesmas.

O leite materno é a melhor opção, sim, mas só de forma isolada. É muito importante avaliar toda a situação antes de decidir. Todos têm que estar felizes com a situação para se obter o melhor desta fase onde você está estreitando uma relação com um serzinho altamente dependente de você.

Amamentar é um ato de amor, seja ele feito com leite materno ou artificial. Não ache que você ama menos seu filho por não conseguir amamentá-lo com seu leite e/ou no seu seio. Amar é dar o melhor de você e não se obrigar a dar o melhor que os outros acham que você tem que dar. Ame, amamente e seja feliz.
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